A mistura de diversas crenças no Brasil que sincronizava rituais indígenas, africanos e pagãos europeus foram perseguidos pela Igreja Católica durante o período da colonização portuguesa. Eram rituais amorosos, sacrifícios de animais, comunicação com espíritos e uso de plantas medicinais não oficiais. As mulheres praticantes destas crenças eram denominadas de feiticeiras ou bruxas.
A Inquisição não perseguiu consideravelmente estas bruxas, pois a instituição católica perseguiu mais cristão -novos - judeus cristianizados que diziam seguir as práticas da velha religião.
A fogueira não foi o principal destino destas bruxas tal como demonstra a tradição. Na verdade elas eram degredadas para África ou para o Brasil. Muitas bruxas condenadas em Portugal foram enviadas para a Ilha de Santa Catarina. Em 1747, o rei D. João V enviou 4.000 portugueses para colonizar a tal ilha. Entre estes 4.000 estavam as bruxas condenadas. Elas detinham prestígio entre os enviados por ser benzedeiras, curandeiras e parteiras. Tais práticas que hoje são mal vistos pela Igreja e pelo Estado era perseguidos pela Igreja Católica. Mas como as bricolagens - tal como afirma Certeau - são comuns em sociedades dominadas, estas bruxas sobreviver às perseguições dos dominantes.
Os mitos das bruxas que vieram para o Brasil narra a história de que se um casal tiver sete filhas mulheres sem ter nascido um único homem, a filha mais velha deve ser madrinha de batismo da mais nova. Caso não ocorra, umas delas passam a ser bruxas, se transformam em mariposa e sugam a vitalidade das crianças.
Mas do que personagens vítimas da Inquisição, as bruxas fazem parte da cultura popular brasileira e em muitos lugares ainda existem práticas que ocorreu no velho país.
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