Através
dos séculos, duas principais correntes de opinião sobre as origens dos incubi
e dos succubi competiam uma com a outra. Alguns a viam como sonhos, invenções
de uma vida fantasiosa da pessoa que experimentava tais visitações. Outros
argumentavam a favor da existência objetiva dos espíritos malignos; eram
instrumentos do demônio. No século XV os líderes religiosos, especialmente os
que estavam ligados à Inquisição preferiam essa última explicação, ligando
a atividade demoníaca dos incubi e succubi à bruxaria. O grande instrumento
dos caçadores de bruxas, Malleus Maleficarum, "O Martelo das Bruxas",
supunha que todas as bruxas se submetiam voluntariamente aos incubi.
A
existência objetiva do incubus/succubus foi sustentada por Tomás de Aquino no
século XIII. Argumentava que crianças poderiam mesmo ser concebidas pelas
relações entre uma mulher e um incubus. Acreditava que um espírito maligno
poderia mudar de forma e aparecer como um succubus para um homem ou um incubus
para uma mulher. Alguns pensadores argumentavam que o succubus coletava sêmen
e, depois, na forma de um incubus, depositava-o numa mulher. As freiras parecem
ter sido um alvo especial dos incubi pois os espíritos malignos pareciam ter
prazer em atormentar aqueles que haviam escolhido uma vida santa. A idéia da
existência objetiva dos incubi e succubi permaneceu até o século XVII quando
uma tendência para a compreensão mais subjetiva se tornou perceptível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário