Existem características nas atitudes do ser humano que identificam a atuação de espíritos inferiores com base no plano físico. São elas: vícios de qualquer espécie, incompreensão, egoísmo, vaidade, maldade, prepotência, imprudência, agressividade, falsidade, imoralidade, impaciência, irresponsabilidade, mentira, tendência para roubo e crimes, ciúme doentio, tendência a prostituição, vingança, desonestidade, injustiça, preguiça, falta de asseio, falta de respeito para com o próximo, ódio, apego excessivo aos bens materiais, falta de confiança em si mesmo, inveja, etc.
Entretanto, nem sempre o fato de que uma pessoa apresenta algumas dessas características significa tratar-se de atuação de vibrações de esquerda, como se poderia pensar. Muitas vezes trata-se de tendências cármicas da pessoa que, se persistirem sem nenhum tratamento, fatalmente levarão essa pessoa ao plano inferior após o seu desencarne. As características acima citadas representam o instinto animal que existe dentro de cada um de nós, com maior ou menor intensidade, dependendo do carma e do arbítrio da cada um.
Os médiuns, por ter escolhido a vida espiritual espontaneamente, conscientes de que abraçaram uma existência de sacrifícios e renúncias, tem direito de pagar seus carmas ou partes deles com os sacrifícios naturais que ponteiam a vida do médium. Assim sendo, pode fazer uso de certos espíritos ligado ao plano inferior para descarregarem o carma, desde que esses espíritos concordem, voluntariamente, em ser os cobradores de seus carmas, de forma ritualística e ordenada, para que a cobrança seja justa. Todo aquele que escolhe a mediunidade como veículo para pagar parte de seu carma precisa ter consciência de que o trabalho de médium não é um trabalho para ser executado apenas por obrigação ou pela vaidade de usar paramentos bonitos a fim de ressaltar o seu ego: se não houver a intenção despretensiosa de pagar sem pensar em critérios ou medidas, de nada valerá o trabalho feito, pois não haverá descarrego.
Ao dar passagem para o Exu, o médium deve ter em mente que: o primeiro está conscientizando-o de seus instintos animais, evitando assim que esses instintos sejam devolvidos ao médium; o exu está retirando influências negativas externas impregnadas no canal mediúnico; na incorporação ele está utilizando a matéria do médium para trabalho de cobertura, segurança, etc... além do desenvolvimento espiritual para ambos; o exu está dando cobertura espiritual ao desenvolvimento material do médium, como também desenvolvendo os valores místicos do mesmo e, por fim, mantendo um perfeito equilíbrio com o cosmos e os chacras inferiores.
Esses espíritos em evolução habitante do plano inferior por diversas razões (entre as quais se pode citar o apego excessivo aos bens materiais), quando atingem determinado ponto de evolução são chamados para trabalhos de proteção e limpeza de médiuns. Aliás, ao executarem essa missão de proteção, frequentemente chegam até mesmo a assumir parte do carma do médium para que esse possa continuar o seu trabalho mediúnico sem interrupção. Pode-se dizer que só querem ser respeitados e obedecidos quando seus serviços são solicitados. Eles não toleram a traição, chegando a ser vingativos e a tudo fazer para derrubar quem os traiu, mesmo se for o seu médium.
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